Se a identidade compreende nossos valores, sentimentos, opiniões e relações, a autenticidade diz respeito a uma expressão genuína desses aspectos que distinguimos como “eu”. Significa mostrar aos outros todas as nossas facetas, agindo de maneira coerente com o que sentimos e pensamos. Ser autêntico, portanto, requer saber quem realmente somos - conhecer nossa identidade - e, igualmente importante, tirar a máscara de quem pensamos que deveríamos ser.
Como seres sociais, nem sempre essa é uma tarefa fácil ou até mesmo possível. Dependemos de relações e parcerias para nossa sobrevivência e bem-estar, e adaptar-se a certas circunstâncias faz parte do bom funcionamento em sociedade. Nesse processo, estamos constantemente equilibrando elementos internos (como nossos sentimentos) e externos (como expectativas sociais), buscando sermos bem-sucedidos em nossos relacionamentos, estudos e carreira.
A busca por autenticidade nos guia ao longo de toda a vida em nossas explorações de amizades, trabalho, diversão e espiritualidade. No entanto, equilibrar quem somos e o que esperam de nós pode ser desafiador, sobretudo na era digital. Alcançar uma autenticidade madura - sendo nem totalmente franco, nem totalmente falso - não é tarefa fácil em uma sociedade que a todo momento dita normas sobre quem devemos ser, como devemos agir, ou o que devemos comprar, sentir e pensar.
Assim, muitas vezes acabamos por mostrar apenas uma representação de quem achamos que deveríamos ser. Fazendo isso, damos um recado a nós mesmos de que sermos quem somos não é bom nem suficiente, gerando baixa autoestima, ansiedade e sentimentos de vazio ou inadequação.
Como, então, reivindicar nossa autenticidade diante de tantos “deves”? Um questionamento que pode ser útil nesses momentos é: estou agindo de acordo com os meus princípios, valores e personalidade?
E então, qual a sua resposta?
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