Independente de qual é a sua posição política, se você tem tentado acompanhar o cenário político nos últimos anos é muito provável que seus dias estejam sendo de fortes emoções. Vivenciamos instabilidades governamentais e econômicas, polarização nas relações - em família, no trabalho, na fila do pão -, e bombardeios de notícias que nem sempre distinguimos se são verdadeiras ou não. Diante de tantas questões que impactam a vida (e as crenças) de todos nós, fica praticamente impossível escapar de sentimentos como raiva, ansiedade, frustração, medo e tristeza. Como, então, manter nossa saúde mental em meio ao turbilhão político em que vivemos?
A primeira coisa que podemos fazer é simples (embora nem sempre fácil) e serve como ponto de partida para o nosso bem-estar mental em qualquer circunstância: cuidar-se. Ter uma boa noite de sono, alimentar-se adequadamente e praticar atividade física são formas cientificamente comprovadas de reduzir os níveis de estresse e os sintomas de depressão, melhorar o humor e aumentar a energia, contribuindo muito para a saúde mental em momentos de tensão.
Outra atitude que podemos tomar especificamente quanto ao cenário político é selecionar e limitar nossas fontes de informações. É muito importante se manter a par das notícias, mas é fundamental saber consumi-las. Isso envolve tanto a escolha adequada dos meios informativos - há diversos jornais, revistas e sites profissionais, imparciais e confiáveis na internet -, quanto saber se desconectar. Se o feed de notícias ou o telejornal estão lhe deixando ansioso, pode ser hora de dar uma pausa e investir seu tempo em atividades relaxantes como ler um livro ou conversar com o(a) companheiro(a) ou um amigo. Determinar um momento do dia para se informar (pela manhã, por exemplo) pode ajudar nesse processo.
Por fim, mas crucial em momentos de turbulência política, é a comunicação. Conversas que giram em torno de um assunto tão polêmico podem facilmente tornar-se inflamadas e abalar relações. Nesses momentos, usar a inteligência emocional faz toda diferença. Se você sabe que um diálogo pode ficar tenso, por exemplo, tente mudar de assunto ou redirecionar a conversar. Se o debate político for inevitável, procure ouvir objetivamente a outra pessoa sem confrontá-la. Compreender a perspectiva do outro, mantendo-se aberto a ideias e opiniões diferentes, reduz o estresse e o medo - que, afinal, nada mais é que o medo do desconhecido.
Você já tentou praticar alguma dessas ações? Como foi sua experiência? Tem outras sugestões? Conta pra gente! E seguimos, todos juntos no mesmo barco.
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